quarta-feira, 19 de setembro de 2007

RENAN CALHEIROS – ENTRE A IMPUNIDADE E O SENSACIONALISMO



No Plenário do Senado observamos um grande teatro de horrores, de um lado a impunidade quanto aos artifícios utilizados pelo Senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de outro o sensacionalismo midiático para tentar provocar uma crise a qualquer custo para desestabilização do Governo Federal, que hoje se apóia em grande parte na base do Congresso e do Senado composta pelos parlamentares do PMDB, que poderiam se integrar a oposição golpista do eixo PSDB-DEM-PPS-PSOL.

Nesta última semana o Senador Renan Calheiros conseguiu ser absolvido da acusação de quebra de decoro parlamentar, mas sobre artifícios comumente usados para sair pela tangente, conhecedor de forma profunda dos tramites do Senado e se camuflando sob a votação secreta. Ao mesmo tempo observamos um espetáculo teatral horrendo por parte da mídia, que tentou de todas as formas levar o constrangimento a todos os cidadãos brasileiros como se fosse algo inusitado na história política nacional e que jamais apoiaram situações como esta.

A impunidade levou sem dúvida a uma derrota catastrófica a desesperada oposição golpista na tentativa de desestabilizar o governo. Heloísa Helena a nova convertida ao tucanismo de bico vermelho, tentou se apoiar com as “velhas raposas” do congresso, para emplacar o golpismo e a política de “quanto pior, melhor” enfrentando a sob o olhar das câmeras televisivas o Renan Calheiros, sob a força da mídia burguesa, dos antigos coronéis da bancada ruralista e das elites “cansadas”. Em nada adiantou tal mobilização, pois está provado que o modelo político vigente está defasado, é necessário que se emplaque a reforma política, como tanto quer o governo federal por meio das bancadas do eixo PT-PC do B-PSB-PDT-PMDB, para que situações como está sejam eliminadas.

Estes artifícios comuns são previstos na regulamentação do Senado Federal, assim como na Câmara dos Deputados, portanto, Renan Calheiros nada mais fez do que jogar com as regras e escapar democraticamente da acusação. É preciso mudar de fato o modo de gestão política das instituições democráticas que regem o país, mas sem adotar a postura em demasiado golpista e catastrofista.

Na história política nacional é fatídico o envolvimento da mídia de forma parcial em diversos casos, onde, por exemplo, José Dirceu, por menos foi acusado e lhe fora retirado os direitos políticos por 8 anos, sem ter provas de alguma, e nem por isso a mídia ficou indignada. ACM foi comprovada sua ação na quebra do painel do Senado e seu envolvimento direto na direção de meios de comunicação e não fora condenado, e a mídia em nada o condenou, pelo contrário ainda o vangloriou e chorou sua morte. Jorge Bornhausen condenou de forma abusiva o sociólogo Emir Sader, tentando censurá-lo de forma vergonhosa e nem ao menos foi citado pela mídia, ou pedida sua cassação.

Para cassar o mandato de Renan é necessário que façamos uma “limpeza no Senado”, ou seja, cassarmos todos os que nem ao menos tem moral para julgá-lo de forma adequada, como José Nery (PSOL-PA) que nem ao menos fora eleito, era um mero suplente da ex-senadora e atual governadora do Pará Julia Carepa (PT-PA), ou ainda coronéis do DEM (ex-PFL), ou os golpistas do PSDB como Tasso Jereisatti (PSDB-CE), Arthur Vírgilho (PSDB-AM).

Devemos-nos privar de opiniões veiculadas pela mídia pseudo-intelectual, pois vem apenas para deflagrar o pensamento das elites dominantes, que é algo extremamente perigoso. Renan pode até ser culpado de várias acusações, mas muitos do que o acusam não possuem moral alguma para julgá-lo.

Bruno

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