sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Mudar sempre, desistir jamais! - Taubaté 2008: O que é preciso realmente para mudar a cidade?

A cidade de Taubaté por mais que tenha desvinculado teoricamente do modelo tucano ainda resiste em apresentar alternativas palpáveis de mudança com Peixoto e os clãs políticos que predominam no âmbito da política taubateana e as cúpulas eleitas de partidos de esquerda se sujeitam ao mascaramento, mesmo que suas militâncias estejam rachadas ao tomar a opção governista.

Taubaté deixou de estar sujeita, em teoria ao menos, de uma gestão tucana para uma gestão peemedebista, com o mesmo prefeito R. Peixoto, porém não fora demonstrada quaisquer alternativa do atual prefeito de mudanças estruturais e políticas na condução dos rumos da cidade.

Partidos de grande espectro a nível nacional como o PT se sujeitaram a um racha com a liderança do Profº Jeferson Campos, que migrou para o PV devido a inconsistência e sectarismo que apresentou a coordenação municipal do partido em Taubaté. A cúpula do PT taubateano que deixara de apresentar uma alternativa ao modelo tucano, se sujeitou a um partido pequeno de base do governo de Peixoto abrindo espaço para os clãs políticos imperarem livremente.

Os partidos burgueses e sectários de esquerda como o PSTU e o PSOL, nem de longe são uma alternativa viável, onde fazem pactuações para não atacar Peixoto e fazer dos movimentos sociais palco para massa de manobra em pról de seus interesses sórdidos.

A cidade necessita de novos rumos, novas diretrizes, de um governo que leve em consideração os aspectos sociais ante aos interesses econômicos vigentes, promovendo uma gestão democrática de fato, com a participação efetiva da população.

Taubaté ainda vive o "feudalismo político" polarizado entre os campos da família "Ortiz", dos "Saad", dos "Danelli" e de outras forças políticas ascendetes da igreja católica e evangélica. Não há uma única alternativa que hoje desponte em meio ao cenário conturbado gerado com a dança de cadeiras e de poderes em nível municipal.

Os estudantes em Taubaté devem construir uma alternativa de esquerda a este modelo de alienação propagado nos últimos tempos na cidade e exigir consistência nas propostas e em suas aplicações apresentadas para mudar o cenário caótico da educação, dos transportes e das desigualdades inerentes ao município.

Sabemos o quão difícil é mudar tal contexo, mas devemos mobilizar sempre para não desistir jamais! Mudar é preciso, mas para tanto é necessário organização!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Digo Sim para a Reforma Universitária:

por: Bruno L. Emidio



A Reforma Universitária que vemos em constantes debates nas mídias e em debates de pequenos ou mesmo em volumosos grupos estudantis geralmente levam a descaracterização e oposição a esta reforma que vem sendo discutida abertamente pelo MEC e pela UNE. Uma reforma que sempre foi defendida por organizações estudantis, pelo seu caráter de promoção da democracia no âmbito universitário e na popularização do modelo universitário. Mas como em todos os setores da sociedade, o povo tem que lutar pela hegemonia de propostas sobre os interesses da classe elitista. Por isto, devemos ratificar tal reforma, mesmo que com ressalvas.

Nos encontros estudantis de base em Diretórios Acadêmicos, Centros Acadêmicos e Diretório Centrais de Estudantes tem levantados diversos questionamentos e implicações as normatizações propostas na atual reforma universitária.

Grupos extremeistas da esquerda sectária e pelêga, afirmam sem quaisquer justificativas que não aceitam os atuais termos da Reforma Universitária, algo sem dúvidas ridículo, que demonstra o nível de sectarismo que os movimentos universitários estão chafurdados, principalmente quando a elite se aglomera nestes núcleos "pseudo-revolucionários" liderados pelas correntes da FOE (Frente de Oposição Estudantil) ligada ao P-SOL e a CONLUTE (Coordenação Nacional de Lutas Estudantis) ligada ao PSTU.

Entidades que são reminescentes de grupos cupulares e de classes abastadas veêm na luta contra o REUNI e contra as cotas, fonte de filiação em massa de estudantes para se tornarem "massas de manobras" e "mão-de-obra barata" para mobilizações e em pleitos nacionais, sem dar-lhes quaisquer vozes ou espaços de opinião e construção conjunta do movimento.

Aprovar a Reforma Universitária é demasiadamente necessário para garantir de todas as formas o ingresso da população que é vitimada pela violência do capital a estar às margens do processo de educação, e hoje fomentada ao máximo por entidades sectárias e pelêgas a continuar nesta situação, portanto coloco meu posicionamento à favor desta importante medida.

Sabemos que ainda não é a melhor solução, no caso, deveria haver uma garantia da Universidade pública apenas para população mais carente e que necessita de maior atenção por parte dos organismos públicos, porém sabemos que ainda hoje não é a esquerda de fato que predomina no nosso sistema bicameral em Brasília, onde reside boa parte das elites e das classes abastadas em torno de partidos de direita e centro, além de partidos a extrema-esquerda que acabam por tornar-se satélites dos partidos da direita.

Portanto a Reforma Universitária se faz necessário, mesmo que nao seja ainda a ideal! Daqui para frente devemos nos mobilizar de forma conjunta para que se realize de fato e da forma que nos queremos.